Neste mergulho nas cores e nas palavras, conduzimos uma fascinante conversa com Iván Alfaro, um ilustrador que transforma os sonhos em realidade através das suas imagens. Nascido em Valência, Alfaro é muito mais do que um simples artista – é um arquiteto de mundos encantados, cujas raízes profundas na infância o inspiram a criar livros ilustrados que cativam a imaginação de crianças e adultos.

Graduado em Belas Artes pela Universidade Politécnica de Valência, desde 2004 tem deixado a sua marca no mundo editorial e do design gráfico. Para além disso, Alfaro partilha generosamente o seu conhecimento através de oficinas de ilustração e animação de leitura, deixando um impacto indelével nos corações das crianças que participam em eventos como a Feira do Livro de Valência e Castellón. O seu talento, premiado e reconhecido, brilha não só em publicações e exposições, mas também na forma como ilumina os sonhos de todos os que se cruzam com as suas obras.

En este inmersión en colores y palabras, llevamos a cabo una fascinante conversación con Iván Alfaro, un ilustrador que convierte los sueños en realidad a través de sus imágenes. Nacido en Valencia, Alfaro es mucho más que un simple artista: es un arquitecto de mundos encantados, cuyas raíces profundas en la infancia lo inspiran a crear libros ilustrados que cautivan la imaginación de niños y adultos.

Graduado en Bellas Artes por la Universidad Politécnica de Valencia, desde 2004 ha dejado su huella en el mundo editorial y del diseño gráfico. Además, Alfaro comparte generosamente su conocimiento a través de talleres de ilustración y animación de lectura, dejando un impacto indeleble en los corazones de los niños que participan en eventos como la Feria del Libro de Valencia y Castellón. Su talento, premiado y reconocido, brilla no solo en publicaciones y exposiciones, sino también en la forma en que ilumina los sueños de todos los que se encuentran con sus obras.

Como começaste a tua carreira como ilustrador?

Quando terminei os meus estudos de arte, comecei a receber os meus primeiros trabalhos para ilustrar cartazes e revistas. Com o tempo, comecei a trabalhar em ilustração publicitária e, finalmente, surgiu a proposta de uma editora para ilustrar o meu primeiro livro, que foi publicado na Austrália e no Reino Unido. Pouco tempo depois, uma editora espanhola mostrou interesse pelo meu trabalho e contratou-me para ilustrar um livro infantil de poesia. Após este projeto, começaram a surgir mais trabalhos de editoras para publicar novos livros infantis.

Quais são as tuas principais fontes de inspiração para as tuas ilustrações?

As minhas memórias de infância e o mundo mágico e inocente da infância servem-me de inspiração para dar alma ao meu trabalho.

A minha infância sempre foi a minha maior fonte de inspiração, para me conectar com o meu lado infantil. Sempre pensei que há uma parte de mim que nunca escolheu crescer, e isso reflete-se na minha personalidade e nas minhas ilustrações. Manter essa parte viva é a grande motivação para mim.

No dia a dia, encontro muita inspiração na música, na arte, na fotografia e nos livros. Gosto de ler os contos clássicos de Andersen e dos Irmãos Grimm, e muitos dos trabalhos que faço para os meus clientes têm essa inspiração.

Como te aproximas da criação de personagens e cenários para os teus projetos?

Gosto de conhecer bem o texto a ilustrar e os detalhes sobre ele, e a partir daí, trabalho sobre o que me inspira.

Que técnicas ou ferramentas usas para dar vida às tuas ilustrações?

Utilizo uma técnica mista que combina ilustração a lápis com coloração digital. Neste processo, utilizo pincéis e texturas que se assemelham às técnicas de pintura tradicionais e que conferem ao trabalho final um aspecto mais artesanal. O desenho inicial é sempre feito com lápis, pois acredito que assim a ilustração final mantém sempre o gesto natural e orgânico.

Qual foi o maior desafio que enfrentaste ao ilustrar o livro “Capitão Pinguim”?

Neste livro, que se passa na Antártida, não pude usar a minha paleta de cores habitual, que tem muita variedade, brilho e contraste. Neste caso, a cor predominante é o azul em várias tonalidades. Também não pude ilustrar os meus habituais cenários com paisagens cheias de vegetação variada. Tive que criar um ambiente adequado ao meio em que vivem os pinguins, embora sendo um conto infantil, tenha permitido a mim mesmo a liberdade de adicionar alguns pequenos detalhes em forma de plantas multicoloridas para dar-lhe um aspecto mais alegre.

Como equilibras a criatividade e a fidelidade ao texto escrito ao ilustrar um livro infantil?

Com respeito pelo autor e pelo seu texto, faço propostas visuais que acredito que acompanham bem o texto e ainda adicionam conteúdo que o texto não conta. Esta é uma tarefa em que os ilustradores têm que desdobrar toda a sua criatividade e tornar o livro ilustrado numa peça única e muito pessoal. Além disso, é importante para mim que os meus personagens transmitam uma série de valores e conceitos adequados para as crianças, através dos seus designs e formas. Uma estética relacionada com a inocência e a doçura, próprias desse período da vida de uma pessoa, e que estejam em coerência com o texto de cada autor.

Que projetos futuros tens? Algum novo livro ou colaboração em mente?

No próximo mês de abril, coincidindo com a celebração das feiras do livro, irei publicar juntamente com a minha companheira e autora Mariel, um novo álbum ilustrado cheio de calor e ternura, que esperamos que tenha muito sucesso entre as famílias. Também tenho em andamento alguns projetos de livros ilustrados a solo, destinados a um público mais jovem-adulto.

Como lidas com o bloqueio criativo? Alguma estratégia específica que funcione para ti?

A melhor maneira de abordar um projeto ilustrado é preparar um calendário e dedicar um tempo de qualidade a trabalhar no projeto com todas as suas fases. E nos momentos de bloqueio, o que melhor funciona para mim é deixar descansar a ilustração, dedicar-me a fazer outra atividade e retomar o trabalho no dia seguinte ou ao fim de alguns dias.

Recebeste o prémio de melhor ilustrador de Babidi-bu, foste destacado e fazes parte de vários tops em sites e revistas de arte. Como vês a distinção do teu trabalho e como te motiva a ir ainda mais longe?

Sinto-me muito grato por todos esses reconhecimentos, acredito que ajudam a que este trabalho seja reconhecido como uma profissão com muito valor e peso na sociedade, e enchem-me de energia necessária para avançar, crescer e publicar novos livros. Embora o maior prémio seja o sorriso das crianças quando abrem os meus livros e os levam para casa com uma dedicatória 🙂

Tens algum conselho para jovens artistas que queiram seguir uma carreira na ilustração?

Que tenham amor e compromisso com o que fazem e consigo mesmos. Que sejam fiéis ao que gostam de fazer e se desenvolvam nesse caminho. Também acredito que o ilustrador deve ser constante, desenhar muito, continuar a desenhar mesmo que nem sempre receba encomendas, pois os trabalhos pessoais são os que melhor comunicam o nosso caráter e as nossas ideias. Esta é uma profissão em que é preciso promover-se muito e bater a muitas portas. Às vezes as respostas são dececionantes, mas com o tempo encontras o teu lugar e abre-se um caminho cheio de oportunidades.

¿Cómo empezaste tu carrera como ilustrador?

Cuando terminé mis estudios de arte, empecé a recibir mis primeros encargos para ilustrar carteles y revistas. Con el tiempo empecé a trabajar en ilustración publicitaria y, finalmente, me llegó la propuesta de una editorial para ilustrar mi primer libro, que se publicó en Australia y Reino Unido. Al poco tiempo una editorial española se interesó por mi trabajo me contrató para ilustrar un libro infantil de poesía. Tras este proyecto, empezaron a llegar más encargos de editoriales para publicar nuevos libros infantiles.

¿Cuáles son tus principales fuentes de inspiración para tus ilustraciones?

Mis recuerdos de infancia, y el mundo mágico e inocente de la niñez me sirven de inspiración para dotar de alma mi trabajo.

Mi infancia siempre ha sido mi mayor fuente de inspiración, para conectar con mi niño interior. Siempre he pensado que hay una parte de mí que nunca eligió hacerse adulto, y eso se refleja en mi personalidad y mis ilustraciones. Mantener esa parte viva es el gran motivo de inspiración.

Y en el día a día encuentro mucha inspiración: En la música, el arte, la fotografía, los libros. Me gusta leer los cuentos clásicos de Andersen y los Hermanos Grimm y muchos de los trabajos que hago para mis clientes tienen esta inspiración.

¿Cómo te aproximas a la creación de personajes y escenarios para tus proyectos?

 

Me gusta concer bien el texto a ilustrar y los detalles sobre, y a partir de ahí, trabajo sobre lo que me inspira.

¿Qué técnicas o herramientas utilizas para dar vida a tus ilustraciones?

Utilizo una técnica mixta que combina la ilustración a lápiz con un coloreado digital. En este proceso, hago uso de pinceles y texturas que se asemejan a las técnicas de pintura tradicionales y le dan al trabajo final un aspecto más artesanal. El dibujo inicial siempre siempre lo llevo a cabo con lápices, pues creo que así la ilustración final siempre conserva el gesto natural y orgánico.

¿Cuál fue el mayor desafío que enfrentaste al ilustrar el libro “Capitán Pingüino”?

 

En este libro, que está ambientado en la Antártida, no podía hacer uso de mi paleta de colores habitual, que tiene mucha variedad, brillo y contraste. En este caso, el color que predomina es el azul en varias tonalidades. Tampoco podía ilustrar mis habituales fondos con paisajes llenos de muy variada vegetación. Tenía que crear un entorno apropiado para el medio en el que viven los pingüinos, aunque al tratarse de un cuento infantil, me permití la licencia  de añadir unos pequeños detalles en forma de plantas multicolor para darle un aspecto más alegre.

¿Cómo equilibras la creatividad y la fidelidad al texto escrito al ilustrar un libro infantil?

Desde el respeto al autor y su texto, hago propuestas visuales que creo que acompañan bien al texto y además aportan contenido que el texto no cuenta. Ésta es una tarea en la que los ilustradores tenemos que desplegar toda nuestra creatividad y hacer del libro ilustrado una pieza única y muy personal. Además, para mí es importante que mis personajes transmitan una serie de valores y conceptos apropiados para los niños, a través de sus diseños y formas. Una estética relacionada con la inocencia y la dulzura, propias de ese periodo de la vida de una persona, y que vayan en coherencia con el texto de cada autor.

¿Qué proyectos futuros tienes? ¿Algún nuevo libro o colaboración en mente?

El próximo mes de abril, coincidiendo con la celebración de las ferias del libro, publicaré junto a mi compañera y autora Mariel, un nuevo álbum ilustrado lleno de calidez y ternura que esperamos tenga mucho éxito entre las familias.

También tengo en marcha algunos proyectos de libro ilustrado en solitario, destinados a un público más joven-adulto.

¿Cómo manejas el bloqueo creativo? ¿Alguna estrategia específica que te funcione?

La mejor manera de abordar un proyecto ilustrado es preparar un calendario y dedicar un tiempo de calidad a trabajar en el proyecto con todas sus fases. Y en los momentos de bloqueo, lo que mejor me funciona es dejar descansar la ilustración, dedicarme a hacer otra actividad y retomar el trabajo al día siguiente o al cabo de unos días.

Has recibido el premio al mejor ilustrador de Babidi-bu, has sido destacado y formas parte de varios tops en sitios y revistas de arte. ¿Cómo ves la distinción de tu trabajo y cómo te motiva a ir aún más lejos?

Me siento muy agradecido por todos esos reconocimientos, creo que ayudan a que este trabajo se reconozca como una profesión con mucho valor y peso en la sociedad, y a mí me llenan de la energía necesaria para avanzar, crecer y publicar nuevos libros. aunque el mayor premio es la sonrisa de los niños cuando abren mis libros se los llevan a casa con una dedicatoria 🙂

¿Tienes algún consejo para jóvenes artistas que deseen seguir una carrera en la ilustración?

Que tengan amor y compromiso con lo que hacen, y consigo mismos. Que sean fiel a lo que les gusta hacer y se desarrollen en ese camino. También creo que el ilustrador debe ser constante, dibujar mucho, seguir dibujando incluso aunque no siempre reciba encargos, pues los trabajos personales son los que mejor comunican nuestro carácter y nuestras ideas. esta es una profesión en la que hay que hacerse mucha promoción y llamar a muchas puertas. A veces las respuestas te decepcionan, pero con el tiempo vas encontrado tu lugar y se te abre un camino lleno de oportunidades.