Era uma vez, uma menina chamada Maria. Ela conhecia o campo, apenas de o ver da janela do carro, da televisão, das revistas e das caixas de chocolate. A menina gostava muito de histórias, e o sonho dela era ser princesa.
Os pais da Maria foram fazer um piquenique ao campo, no campo ela viu esquilos, formigas, e outros animais. Viu também flores muito bonitas e várias árvores. E quando ela entrou no campo, e cheirou todos os cheiros do campo, ela ficou um bocado tonta.
A Maria seguiu caminho e encontrou um burro. Ele era cinzento e fofinho, os olhos dele eram pestanudos, era muito elegante.
E ela que, quando era pequena já tinha ouvido histórias de príncipes encantados, transformados em sapos e outros animais, pensou:
-E se é um príncipe transformado em burro, é eu dou – lhe um beijinho ele volta ao normal, talvez case com ele.
A Maria aproximou – se, e tentou beijar o burro, mas o burro era novo ali no campo e tinha medo, então quando viu aquela criatura mais de perto fugiu como se não houvesse amanhã.
Enquanto o burro fugia a Maria pensava como seria quando ela fosse uma princesa ou até rainha. E quando olhou para a frente e viu que o burro tinha fugido continuou a gritar:
-Espera é só um beijinho de amor, por favor burrito, por favor! – pedia a Maria ao burro.
Mas o burro que já se tinha fartado daquela grande barulheira, continuava cada vez mais depressa…
Por outro lado a Maria continuava a gritar e a correr o mais rápido que conseguia, mas ela ficou tão cansada mas tão cansada, que teve de fazer uma pausa.
O burro que já se via livre escondeu – se no meio de outros burros, e a Maria quando regressou à correria não entrou o burro. Maria ao ver tantos burros fofinhos percebeu que afinal aquele burro não era assim tão especial, então voltou para a beira dos pais para fazer o piquenique.
Inspirado em António Torrado, A manina e o burro